sábado, fevereiro 14, 2004

Le Jour

Pessoalmente, odeio o dia dos namorados. Pessoalmente, odeio o S.Valentim. Pessoalmente, odeio todas estas pseudo-estratégias que ridicularizam a séria e fabulosa noção de capitalismo. Let's face it: o dia dos namorados é uma idiotice. Não afirmo tal por não ter namorada, mas porque a existência de um destes não faz o mínimo sentido. Porquê? Porque a definição de namorados não é a de um casal que não se vê e que se junta durante um dia para fazer qualquer coisa supostamente especial que deveria ter feito durante todos os outros dias. Entendam: é o conceito que está errado, não a celebração. Quem tem namorada, quem faz parte de um relacionamento sério e no qual acredita deve celebrá-lo, diariamente, deve agradecer o privilégio. Porque as rosas, os jantares românticos, as declarações devem ser constantes e não apenas num dia específico, inventado não se sabe bem por quem, que se lembrou de ter a peregrina ideia de transformar sentimentos em estratégias comerciais. Funciona? Sem dúvida! Porém, existe algo que não deixa lugar a dúvidas: o dia dos namorados é tudo aquilo que um relacionamento não deve ser. E o resto não passa de comércio.