quarta-feira, dezembro 10, 2003

Apresentação

Depois de um post um pouco radical, decidi apresentar-me aos leitores. Porém, decidi fazê-lo de uma forma algo diferente, não só porque porque cultivo uma sã originalidade, mas também porque preciso de extravazar liricamente, pelo menos uma vez.
Não pretendo, repito, NÃO PRETENDO, com este post, tornar este blog num qualquer espaço de melancolia lírica (ou mesmo onírica) já que daí à lamechice são dois ou três passos. O meu objectivo, além de me apresentar, é dar asas aos meus minúsculos vasos poéticos, porque nem só da razão vive o Homem. Bem hajam!

Gentil Idiota

Sou um gentil idiota.
Sendo idiota porque não sendo perfeito
Tenho a ousadia de germinar
Amores perfeitos dentro do peito.

Sou gentil não sei bem porquê,
Aos gentis não se erguem estátuas
Só as erguem, no meio das praças
Aos idiotas de paixões fátuas.

Mas não desprezo o meu gentil lado.
Carrega consigo uma humildade
Que transforma as paixões fátuas e os amores perfeitos
Em apenas memória, em vil saudade.

No fim, o gentil completa o idiota,
Torna em felicidade a paixão fátua.
Se é comum a todos o sentimento
Quem é que ainda precisa de uma estátua?